A moagem é um processo volumétrico e
consiste em deslocar o caldo contido na cana. Este deslocamento é
conseguido fazendo a cana passar entre dois rolos, submetidos à
determinada pressão e rotação, sendo o volume gerado menor que o volume
da cana.
O excesso volumétrico, desprezando-se o volume de caldo reabsorvido
pelo bagaço, deve ser deslocado, correspondendo a um volume de caldo
extraído.
Um objetivo secundário da moagem, porém importante, é a produção de um
bagaço final em condições de propiciar uma queima rápida nas caldeiras.
Vale ressaltar que o bagaço de cana permite a auto-suficiência das
usinas brasileiras em energia elétrica, que chegam a vender seus
excedentes.
Na primeira unidade de moagem ocorre a maior parte da extração, pelo
deslocamento do caldo. A cana tem aproximadamente sete partes de caldo
para cada parte de fibra; já no primeiro bagaço essa proporção cai para
2 a 2,5 vezes e é fácil perceber que, se não houver algum artifício, as
moendas posteriores não terão condições de deslocar caldo algum, mesmo
que se aumente a pressão na camada de bagaço.
O artifício utilizado é a embebição. |